ERNANI VANACÔR 

Ernani Bartolomeu Vanacôr nasceu em Uruguaiana em 24 de agosto de 1905. Em poesia, publicou os seguintes títulos: Fruto maduro (1933), Vitrine (1936) e Cálice amargo (1939) – todos pela Editora Globo (Porto Alegre). Constam, ainda, como de sua autoria, mais duas obras: Retalhos e Bazar (ambas em prosa). Viveu em Santa Maria entre as décadas de 1930 e 1960. Trabalhou como jornalista em A Razão. Em suas funções e, de modo particular pela literatura, alcançou reconhecimento estadual. Cálice amargo rendeu-lhe premiações e menções elogiosas de público e crítica. Em 1940, recebeu distinções da Academia Rio-Grandense de Letras (Porto Alegre) e do Atheneu Graça Aranha (Rio de Janeiro). De Santa Maria, mudou-se, inicialmente, para o Rio de Janeiro. Faleceu em Santa Catarina em 27 de outubro de 1973.

TÍTULOS

Fruto maduro (1933)

Vitrine (1936) 

Cálice amargo (1939)

Retalhos (s.d)

Bazar (s.d)

REFERÊNCIAS CRÍTICAS

RODRIGUES, Luiz Alberto e GENRO, Tarso. Apresentação da poesia santa-mariense. Santa Maria: Pallotti, 1965.

SELETA

OUTONO

Nas folhas desprendidas pelo vento, 

desesperadas folhas de esperanças,

ha vestígios de amor e de desejo.

Amarelados brotos de ilusões!

 

O sol esfria lento e as árvores se despem.

E nos jardins do sonho há pétalas esparsas.

 

Foi no último baile de perfumes,

na embriaguês da última esperança,

que flores, tontas, se despetalaram!

 

Eu recebo, no altar triste da tarde,

a primeira comunhão da minha saudade!

VANACÔR, Ernani. Vitrine. Porto Alegre: Livraria do Globo, 1936.