Caio Fernando Abreu

CAIO FERNANDO ABREU

(Santiago, RS, 1948 – Porto Alegre, RS, 1996)

Caio Fernando Abreu, nascido em 12 de setembro de 1948, foi jornalista, dramaturgo e escritor brasileiro. Considerado um dos escritores expoentes de sua geração, iniciou os cursos de Letras e Artes Cênicas na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, mas abandonou ambos para trabalhar como jornalista em revistas, entre elas, Nova, Manchete, Veja e Pop. Colaborou com os jornais Correio do Povo, Zero Hora, Folha de São Paulo e O Estado de São Paulo.

Em 1968, perseguido pelo Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), refugiou-se em São Paulo, na casa da escritora Hilda Hilst. Exilou-se voluntariamente na Espanha, Suécia, Países Baixos, Inglaterra e França. Nos anos 1990, com problemas de saúde, retorna à casa dos pais, em Porto Alegre, local em que residiu  até a sua morte, no dia 25 de fevereiro de 1996.

 

TÍTULOS

O príncipe sapo – 1966

Limite branco – 1970

Inventário do irremediável –  1970

O ovo apunhalado – 1975

Pedras de Calcutá – 1977

Morangos Mofados- 1982

Triangulo das águas – 1983

Os dragões não conhecem o paraíso –1988

Onde andará Dulce Veiga? – 1991

Ovelhas negras – 1996

Estranhos estrangeiros – 1996

Pequenas epifanias – 1996

As frangas – 1989

Teatro completo – 1997

REFERÊNCIAS CRÍTICAS

ABREU, Caio Fernando. Autores gaúchos. Porto Alegre: IEL, 1995.

CARDOSO, Ana Maria. Sonho e transgressão em Caio Fernando de Abreu: o entrelugar de cartas e contos. Porto alegre, 2007. Disponível em: http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/10785/000601079.pdf?…1

PORTO, Ana Paula T.; PORTO, Luana T. Caio Fernado Abreu e uma trajetória de crítica social. Letras. v. 62, 2004.

SELETA

Stone song

Eu gosto de olhar as pedras

que nunca saem dali.

Não desejam nem almejam

ser jamais o que não são.

O ser das pedras que vejo

é só ser, completamente.

Eu quero ser como as pedras

que nunca saem dali.

Mesmo que a pedra não voe,

quem saberá de seus sonhos?

Os sonhos não são desejos,

os sonhos sabem ser sonhos.

Eu quero ser como as pedras

e nunca sair daqui.

Sempre estar, completamente,

onde estiver o meu ser.

                                          Fonte: ZILBERMAN, R.; MOREIRA, M. E.; ASSIS, L. A. Pequeno dicionário da literatura do rio Grande do Sul. Porto Alegre: Novo Século, 1999.